PUBLICADO EM
21/9/2023
Toda vez que o assunto é economia, dois fatores costumam estar na pauta: taxa de juros e câmbio. Mas afinal, qual é a ligação entre esses importantes componentes do mercado financeiro? A verdade é que a taxa de juros é um dos principais fatores que podem influenciar o câmbio - mas estão longe de ser os únicos.
A taxa de câmbio nada mais é do que a relação entre as moedas de dois países, mas há inúmeras variáveis para compor essa conta, como fatores políticos e econômicos de cada nação. Enquanto o Brasil navega em juros de dois dígitos, a tendência é que os investidores tragam seus montantes para cá e comprem títulos públicos, em busca de uma lucratividade garantida.
Por outro lado, ainda que esteja em patamar elevado, a tendência de queda observada na taxa brasileira também deve levar a uma melhor ano acesso ao crédito, impactar no nível de crescimento, na queda do desemprego e no comportamento do câmbio.
Uma dobradinha de anúncios recentes das taxas de juros do Brasil e dos Estados Unidos ajuda a traçar o cenário daqui em diante. Por aqui, o Banco Central baixou a taxa de juros para o menor nível desde maio de 2022, chegando ao patamar de 12,75%. "Embora o Brasil esteja em um ciclo de queda da Selic, ainda temos um nível de juros favorável para investidores estrangeiros, que buscam ativos rentáveis. Além disso, a sinalização de juros mais baixos tende a ser positiva para a imagem de nosso país e, consequentemente, para nossa taxa de câmbio", afirma Cristiane Quartaroli, economista e estrategista de câmbio do Banco Ourinvest.
Enquanto isso, o FED, banco central americano, interrompeu o ciclo de altas e manteve a taxa em 5,25% e 5,50% ao ano. A autoridade iniciou, em março de 2022, o ciclo de aperto monetário, elevando as taxas de juros de um patamar próximo de zero para a atual faixa.
O objetivo é desaquecer a economia para tentar levar a inflação americana para dentro da meta de 2%. Em agosto, o CPI (índice de preços ao consumidor, na sigla em inglês) teve alta de 3,7% no acumulado em 12meses.
Outros fatores que impactam na taxa de câmbio:
É importante lembrar que a questão da taxa de juros não é a única que afeta o câmbio. De acordo com a economista, os fatores políticos têm um peso importante na composição da taxa. O cenário de espera pelas reformas e o compasso de espera por resultados de economias como China e Estados Unidos também influenciam na composição do índice.
Sendo assim, ainda que a taxa de juros impacte diretamente na variação cambial, ela não pode ser considerada nem vilã, nem mocinha nessa história onde há muitos outros protagonistas. Segundo a economista, o ideal para antecipar – ou mesmo compreender – as oscilações cambiais é contar com um parceiro especializado para ajudar neste processo, seja para comprar e vender moeda ou para realizar transações internacionais.
Por conta da volatilidade, o indicado é apostar nos produtos de hedge cambial, tanto para pessoas físicas como para empresas. Um exemplo é o NDF (Non Deliverable Forward, na sigla em inglês), usado por empresas que desejam se blindar de uma alta ou de uma queda do dólar e que tem como principal objetivo fixar, de forma antecipada, uma taxa de câmbio em uma data futura para trazer previsibilidade ao negócio.
Junto com o NDF, a trava de câmbio e a opção de câmbio compõem o portfólio de hedge cambial do Banco Ourinvest, que é referência em câmbio há mais de quatro décadas e realiza esse tipo de operação diariamente.
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Leia maisFernanda Consorte
Economista-chefe
Economia para todos é o lema da Fernanda. Com ampla experiência no mercado financeiro, conhecimento técnico apurado e linguagem simples, a autora contribui para a tomada de decisão de clientes e empresas que necessitem desse suporte.
Veja maisCristiane Quartaroli
Economista
Economista formada pela USP, com mais de 15 anos de experiência nas área de Economia e Finanças, com foco em análise macroeconômica, resultando em amplo conhecimento do mercado bancário.
Veja maisWelber Barral
Estrategista de Comex
Mestre em relações internacionais (USFC), Doutor em direito internacional (USP) e pós-doutor em Direito do comércio internacional (Georgetown University), Barral foi secretário de Comércio Exterior do Brasil de 2007 a 2011. Atualmente é, também, diretor no Departamento de Comércio exterior da FIESP e conselheiro da Câmara de Comércio Americana.
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