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Relátórios de economia
16/2/2022

Ser ou não ser?

Por

Cristiane Quartaroli

CAUSA:

Desde o início do ano, nossa moeda se  valorizou cerca de 7% e, embora pareça muito, ainda se encontra num nível  bastante elevado. Ontem, o dólar encerrou o dia em R$/US$5,18 – valor muito  alto se compararmos com o que tínhamos antes da pandemia, de R$/US$4,0. Ah,  nossa, mas vocês são muito pessimistas. Talvez, mas o fato é que ainda está  difícil acreditar que esse comportamento irá perdurar muito mais tempo por  alguns motivos, entre os quais destacamos: 1. EUA irão subir juros, isso já é  dado. E quando isso acontecer, a tendência é que o fluxo de capitais vá para  lá, pressionando as moedas emergentes; 2. O pano de fundo macro econômico do  Brasil ainda é incerto, com crescente deterioração do quadro fiscal e aumento  na aversão ao risco por conta das eleições. O dólar vai voltar a subir por  conta disso? Depende, veja abaixo:  

CONSEQUÊNCIA:

Apesar da volatilidade comum em anos eleitorais, parece que a  tendência é que o dólar fique abaixo do projetado pelo mercado para o final  deste ano. Ainda dependemos, é claro, da sinalização que o próximo governo  dará sobre o quadro fiscal. Já os juros devem continuar subindo, pois até  meados desse ano a inflação deve seguir pressionada. Mas, após esse período,  tanto os efeitos da política monetária, quanto o câmbio em um menor patamar,  tendem a ajudar o cenário da inflação, que poderá ficar abaixo da mediana do  mercado. A expectativa para o crescimento continua sendo baixa, justamente,  por conta dos juros mais altos. Eis a questão!

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Economia do dia a dia

Um resumo dos principais acontecimentos de cada dia que podem influenciar na taxa de câmbio, tudo isso em menos de 1 minuto.

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