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Relátórios de economia
5/11/2019

Os Dois Lados Da Moeda

Por

Fernanda Consorte

CAUSA:

Na semana  passada, o Banco Central reduziu a taxa básica de juros (SELIC) para 5,0%, nível mais baixo da história de nosso país. Ao pensar em que a Selic já  esteve perto dos 45%, no final dos anos 90, é uma grande vitória o que  estamos presenciando nos dias de hoje. Entretanto, como tudo na vida, a moeda  tem sempre dois lados. Se juro baixo é bom para a condução da política  monetária — pois estimula consumo, acesso ao crédito e atividade econômica de  forma geral —, juro muito baixo não atrai investidores. Os investimentos em  renda fixa acabam ficando menos atrativos, e aqueles que gostavam de investir  no Brasil (leia-se estrangeiros) por conta das facilidades e da alta  rentabilidade com os juros, estão optando por investir em outros países emergentes  mais rentáveis, como México, Indonésia e Turquia.  

CONSEQUÊNCIA:

Sem investimento estrangeiro, a taxa de câmbio continua  oscilando próximo dos US$/R$4,0. A expectativa de que o ciclo de queda de  juros está perto do fim pode dar um pequeno alívio nesse sentido, mas ainda  assim, será pouco se o gringo continuar fugindo. Por fim, entramos naquele  ponto que gostamos de frisar: precisamos de fluxo gringo e boas notícias por  parte do governo para ver a taxa de câmbio com persistência abaixo dos US$4,0  novamente. Seguimos aguardando!

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Economia do dia a dia

Um resumo dos principais acontecimentos de cada dia que podem influenciar na taxa de câmbio, tudo isso em menos de 1 minuto.

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