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Relátórios de economia
2/2/2022

Mais juros à vista

Por

Cristiane Quartaroli

CAUSA:

Hoje, o Banco Central realizará sua primeira  reunião do COPOM para decidir qual será o futuro da taxa de juros no nosso  país. As estimativas são de um ajuste de 150 pontos, elevando a Selic para  10,75%a.a.. O avanço da inflação, que já ultrapassa 10% no acumulado em 12  meses e a preocupação com o quadro fiscal (leia-se mais gastos do governo e,  consequentemente, mais inflação) são os principais motivos que devem fazer  com que o Banco Central continue o ciclo de aperto monetário por aqui. Mais  do que isso; as constantes surpresas negativas vindas do cenário  inflacionário sinalizam que o BC poderia inclusive aumentar o ritmo ou até  mesmo prolongar por mais tempo o ajuste da Selic.

CONSEQUÊNCIA:

Então está difícil acreditar que o IPCA encerrará este ano em  5,38%, como mostrou o relatório FOCUS na segunda. Nós acreditamos que a  inflação ficará acima disso, de forma que a Selic também irá superar os  11,75% projetados hoje pelo mercado. Adicionalmente, com juros mais altos,  nosso crescimento também deverá ser menor do que 0,30%, como indicam as  projeções. Já com relação ao câmbio estamos em linha com o mercado. Embora a  taxa de câmbio tenha se apreciado mais recentemente, é possível que a gente  veja alguma desvalorização ao longo do ano por conta das incertezas  políticas. Assim, os R$/US$5,60 para o final deste ano parecem estar bem  calibrados.

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Economia do dia a dia

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