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Relátórios de economia
5/4/2022

Explicar o inexplicável

Por

Cristiane Quartaroli

CAUSA:

Desde o início deste ano, o real valorizou  mais de 15% impulsionado, principalmente, pelo diferencial de juros interno e  externo. Enquanto no Brasil a taxa Selic está em 11,75%, nos EUA a taxa de  juros ainda é menor do que 1%. Ou seja, aos olhos dos investidores, é mais  vantajoso direcionar seus recursos para o país com maior taxa de juros. Isso,  de certa forma, tem contribuído para a queda do dólar por aqui, via fluxo de  investimentos de curto prazo. Contudo temos que lembrar que o pano de fundo  da nossa economia não é dos melhores, com inflação ainda muito alta e  expectativa de crescimento muito baixa.  

CONSEQUÊNCIA:

Assim, fica difícil acreditar que esse fluxo se sustente no  médio prazo. Nesta semana, por exemplo, haverá divulgação da ata do FED e  qualquer sinalização de que o Banco Central americano irá subir ainda mais os  juros pode minar o bom comportamento da nossa moeda. Além disso, temos uma  guerra em curso, que gera volatilidade nos mercados e eventual pressão nas  moedas emergentes. Por fim, e não menos importante, anos eleitorais são  marcados por pressão na taxa de câmbio, pela incerteza que o assunto gera.  Esse ano pode não ser diferente. Mas quando se fala de taxa de câmbio, tudo  pode acontecer.

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Economia do dia a dia

Um resumo dos principais acontecimentos de cada dia que podem influenciar na taxa de câmbio, tudo isso em menos de 1 minuto.

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