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Relátórios de economia
23/4/2020

E o dólar?

Por

Cristiane Quartaroli

CAUSA:

Em meio ao  feriado nacional e ao amontoado de questões e preocupações relacionadas ao  coronavírus, o México e a Turquia fizeram uma reunião extraordinária de política monetária e decidiram baixar as respectivas taxas de juros. Com  isso, o mercado aqui no Brasil começou a considerar que acontecerá o mesmo e  que a Selic terá um corte de até 0,75 bps na reunião de maio, ou  possivelmente antes dela, assim como fizeram nossos amigos emergentes.  Trata-se apenas de um comportamento especulativo de mercado? Sim, mas que  afeta nossa taxa de câmbio. Não tem jeito.

CONSEQUÊNCIA:

Assim, o dólar voltou a atingir novo recorde, ultrapassando a  cotação de R$/US$5,35. Lembram da máxima? Juros mais baixos aqui, investidor  estrangeiro retira dinheiro do país para procurar ativos mais atrativos.  Continua acontecendo. A isso soma-se o clima político brasileiro, que segue  destoando dos demais emergentes, fazendo com que nossa moeda se desvalorize  ainda mais. E assim seguimos, com o real sendo uma das moedas emergentes que  mais se depreciou desde o início deste ano, com alta de mais de 30%. Se  continuarmos assim, com tantas incertezas e pouca cooperação, mais recordes  históricos poderão vir.

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Economia do dia a dia

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