PUBLICADO EM
8/12/2021
O volume de contratações de hedge cambial para pessoas físicas mais que dobrou no último ano no Banco Ourinvest. A busca pela proteção do patrimônio ganhou novos patamares com a oscilação do dólar.
Antes buscado massivamente por empresas importadoras e exportadoras, agora a ferramenta também faz parte das transações internacionais de pessoas físicas. “A falta de previsibilidade dos gastos em dólar atraiu muitos clientes, que não querem ser pegos de surpresa na hora de negociar no exterior”, diz Raphael Coracini, um dos responsáveis pela Trade Desk no Banco Ourinvest.
Para se ter uma ideia, a moeda americana começou o ano de 2021 avaliada em R$ 5,16, chegou ao patamar de R$ 5,80 em março, foi a menos de R$ 5 em junho, voltou a subir para a casa dos R$ 5,40 em agosto e agora transita na faixa dos R$ 5,50.
Fatores macroeconômicos, como inflação e taxa de juros, ajudam a explicar a constante movimentação da moeda americana, mas os componentes imprevisíveis como a pandemia e o cenário político nacional e internacional também compõem o dólar e tornam difícil prever o comportamento do papel mais negociado no mundo.
É natural que quem precisa movimentar dinheiro no exterior esteja de olho nas oscilações, por isso, o hedge cambial se tornou um aliado nos últimos meses. Na prática, funciona assim: o banco oferece a possibilidade de fixar as cotações futuras e ajuda a reduzir o risco cambial de uma forma eficiente e segura, além de diminuir os custos operacionais.
“A maioria das pessoas que nos procura está comprando imóveis no exterior, mantém filhos estudando fora do país ou tem alguma herança para receber, por exemplo. Em resumo, são clientes em busca de previsibilidade, tanto de gastos, como de ganhos”, diz Coracini.
Optar pela ferramenta na hora de fazer ou receber uma transação internacional pode fazer muita diferença no montante final. Por exemplo, uma pessoa que negociou a compra de uma casa nos Estados Unidos em janeiro por U$S 300 mil, na ocasião desembolsaria R$ 1.548 e agora pagaria R$ 1.665, uma diferença de R$ 117mil.
“Ao contratar o hedge cambial, imediatamente é realizada a trava da cotação e a pessoa consegue saber exatamente quando vai precisar gastar. Não há surpresa no valor final”, diz o executivo.
Uma outra situação comum é de pais que mantém filhos no exterior e precisam pagar a mensalidade do colégio ou da faculdade. “Uma mensalidade de US$ 10 mil por ano pode custar R$ 40 mil ou R$ 60 mil, não há como prever qual será a cotação do dólar no momento do pagamento. Por isso, esse cliente pode contratar um hedge, fazer uma trava, e saber exatamente quanto vai desembolsar com a educação do filho”, diz Erez Chalom, Head de Pessoa Física do Banco Ourinvest.
Coracini explica que não há limite mínimo ou máximo para a contratação de hedge. Cada operação é recebida e rapidamente avaliada pela equipe do Banco Ourinvest, que ajuda no processo completo.
“O custo do hedge depende da taxa do dólar comercial no momento do fechamento do negócio, do valor transacionado e do prazo da operação, mas é menor do que a volatilidade da moeda e traz tranquilidade”, afirma.
Para atender esse aumento de demanda, que já é observado há mais tempo nas empresas exportadoras e importadoras, o Banco Ourinvest reforçou a equipe e montou um time focado em atender as particularidades das pessoas físicas.
Além das quatro décadas de experiência em câmbio, agora a instituição também atende os clientes de forma individualizada na hora de contratar o hedge cambial para pessoa física.
“Nós usamos uma forma fácil de falar e estamos prontos para explicar as vantagens e aplicações do hedge cambial de forma didática. Por ter uma equipe focada, nossa análise de crédito é rápida e simples. Estamos preparados para desmistificar o hedge”, finaliza.
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Economista-chefe
Economia para todos é o lema da Fernanda. Com ampla experiência no mercado financeiro, conhecimento técnico apurado e linguagem simples, a autora contribui para a tomada de decisão de clientes e empresas que necessitem desse suporte.
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Economista
Economista formada pela USP, com mais de 15 anos de experiência nas área de Economia e Finanças, com foco em análise macroeconômica, resultando em amplo conhecimento do mercado bancário.
Veja maisWelber Barral
Estrategista de Comex
Mestre em relações internacionais (USFC), Doutor em direito internacional (USP) e pós-doutor em Direito do comércio internacional (Georgetown University), Barral foi secretário de Comércio Exterior do Brasil de 2007 a 2011. Atualmente é, também, diretor no Departamento de Comércio exterior da FIESP e conselheiro da Câmara de Comércio Americana.
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