PUBLICADO EM
8/11/2019
CAUSA: A semana encerra com forte aversão a risco para o Brasil. Primeiro, os leilões para áreas de exploração de petróleo foram um fracasso. Até uns dias atrás, esperava-se uma grande demanda de empresas estrangeiras, e a realidade mostrou que praticamente nenhuma se interessou. Seja por culpa do modelo de leilão, seja por culpa da não história a contar, o Brasil parece ocupar uma das últimas opções de investimento.
Em segundo lugar, ontem o STF derrubou prisão em segunda instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que abre caminho para a sua soltura. Isso impõe ao mercado dúvidas em relação à governabilidade do atual governo; em outras palavras, há um temor de fortalecimento da oposição, o que seria ruim para aprovação de reformas, retomada da economia etc... “Tchau, recursos estrangeiros”...
Finalmente, o exterior também não ajuda. A novela entre Estados Unidos e China mostrou um capítulo com emoção e deu lugar a dúvidas sobre a evolução do acordo comercial. Acontece que o diretor do Conselho Nacional de Comércio da Casa Branca, Peter Navarro, afirmou ontem não haver no momento nenhum acerto para remover "quaisquer das tarifas existentes" sobre importações da China como "condição para a fase 1 do acordo".
CONSEQUÊNCIA: Repetindo nosso incansável discurso: sem dinheiro gringo, meus amigos, não há taxa de câmbio emergente que resista em patamares baixos. Hoje renovamos novas máximas, com muita aversão ao risco, majoritariamente por motivos domésticos, mas com pitadas de um cenário externo cauteloso. Aguardamos.
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Leia maisFernanda Consorte
Economista-chefe
Economia para todos é o lema da Fernanda. Com ampla experiência no mercado financeiro, conhecimento técnico apurado e linguagem simples, a autora contribui para a tomada de decisão de clientes e empresas que necessitem desse suporte.
Veja maisCristiane Quartaroli
Economista
Economista formada pela USP, com mais de 15 anos de experiência nas área de Economia e Finanças, com foco em análise macroeconômica, resultando em amplo conhecimento do mercado bancário.
Veja maisWelber Barral
Estrategista de Comex
Mestre em relações internacionais (USFC), Doutor em direito internacional (USP) e pós-doutor em Direito do comércio internacional (Georgetown University), Barral foi secretário de Comércio Exterior do Brasil de 2007 a 2011. Atualmente é, também, diretor no Departamento de Comércio exterior da FIESP e conselheiro da Câmara de Comércio Americana.
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